Tate no Yusha #12 a #14 – É muita, muita treta!!! | Impressões Semanais
Voltando a fadiga saga do Escudo após uma saga de má sorte pessoal, o anime conseguiu terminar até que de forma razoável a primeira parte focada nas ondas e engatar acontecimentos um pouco mais interessantes.
E sinceramente, este novo foco dentro das tretas da corte e do próprio reino em si trazem um ar um pouco mais renovado para a história, já que não fica apenas naquele propósito do Naofumi viajar, ficar mais forte, consertar as merdas dos outros heróis e brigar com o rei.
A luta contra a Glass não foi um primor, afinal os cortes do anime são apenas funcionais, cumprindo o seu papel e não deslumbram porque não são tão coreografados e elaborados, mas conseguem segurar a atenção do público.
E vamos ser francos, por mais que você não tenha aquela equipe de animação fantástica para fazer lutas orgásmicas, pelo menos tem que tentar manter o storyline movimentado e as coisas interessantes para o público.
Afinal em um anime de fantasia você quer tensão, quer confrontos, situações desesperadoras, emocionantes, tristes, ou seja, você quer vivenciar aquilo com os personagens, então, neste aspecto, acho que Tate esta cumprindo o básico da sua narrativa.
A narrativa poderia ser melhor? Poderia, eu acho que esta obra tem momentos e situações que a direção poderia deixar mais tensos, principalmente naquelas cenas “mudas” se, por exemplo, eles engatassem uma trilha sonora letrada ou aquele instrumental mais pesada e tocante.
A trilha do anime para mim é usada apenas de forma automática, sério, eu não vejo aquela tentativa de ousar e aproveitar o máximo que sua composição pode te oferecer, e a direção de som é importante.
Você atrelando o visual com o auditivo cria uma combinação que mexe com o interior das pessoas, os sons possuem, assim como as imagens, capacidade de provocar sensações e sentimentos, e saber quando deixar um cena muda, ou inserir som, é essencial, assim como saber qual trilha usar, qual trilha destaca melhor uma emoção x.
O uso da luz, das sombras, dos ângulos, quando coloco uma cena mais escura, ou quando eu clareio o ambiente, estes pequenos toques que vão tornando a animação mais vivida e diferenciada.
Contudo, o final dessa primeira parte já traz algumas informações a mais e novas preocupações, já que sua inimiga dizer que aquela é a verdadeira batalha da onda dar para deixar nítido que as calamidades são muito mais do que aparentam ser, e que se o Naofumi e os outros heróis não evoluírem, a coisa vai ficar feia.
Além disso, eu não sei se passou despercebido por alguém, mas o leque dela é bem parecido com as armas dos heróis, tem uma pérola engatada ali e chuto que aquilo é uma relíquia também, então o que de fato está acontecendo?
Porque os inimigos serem monstros interdimensionais é uma coisa, mas a Glass não aparenta ser um monstro, pelo menos fisicamente, e até reconhece o protagonista como um herói digno de enfrentá-la e, como ele deixa explicito, ela parecia empenhada em derrotá-lo por algum motivo.
E eu gostei do episódio porque ele quebra um pouquinho daquela coisa do Naofumi, mesmo com dificuldades, conseguir superar e vencer o inimigo em um episódio ou dois, e isto já estava ficando chato e ele passar um sufoquinho deu um salzinho a mais, apesar que dar para ver que vai ser aquele clichê né, ele perde agora para vencer depois.
Valendo salientar que clichê é muitas vezes visto de forma pejorativa, mas ele é apenas um padrão de desenvolvimento da narrativa, aquele padrão que é mais comum e esperado e depende mais de como ele é executado dentro do enredo, do que ele ser ruim por si só.
Agora o que me deixou realmente animada é o que eu já disse, finalmente vamos ter treta na nobreza. E sabemos que nobreza sem alguma treta não é nobreza. Além do que eu já disse, a situação dar uma revigorada na narrativa e dar um aprofundamento nos problemas que existem no próprio reino em si.
Porque esta claro ali que temos uma facção que é adversa ao Naofumi, e que esta apoiando a primeira princesa no que eu chamo de um golpe, porque, claramente, ela quer que a irmã morra para conseguir poder e mais influencia sobre o pai.
Só não sei até que ponto ela ganharia poder com isto, porque a mãe dela provavelmente estaria ciente do ocorrido, principalmente por aqueles ninjas, então suponho que também tentariam dar um golpe na rainha depois?
Sobre o rei, tem quem odeie ele e eu sinceramente também odiei no inicio, mas só consigo sentir pena, porque deixaram óbvio que ele é manipulado pela filha, e ela usa algum ressentimento pessoal dele . Isto também explicaria o porquê, apesar da nobreza ter o discurso de escravidão é inadmissível para um herói, permitir de certa forma que haja escravidão de demi-humanos no reino, é meio uma hipocrisia, mas provavelmente ela advêm de algum conflito que as duas raças tiveram.
Até porque, se vocês repararem, o ferreiro diz que a região que o Naofumi queria ir, que eu entendi que é de demi-humanos, aceitam melhor os humanos, o que dá a entender que em locais dominados pela raça da Raphtalia, os humanos provavelmente que são vistos com maus olhos, então tem dois lados na moeda.
Só acho inocente na escrita da autora a Melty prometer resolver os problemas que os demi-humanos sofrem, gente, sério, só agora ela e a rainha realmente querem fazer alguma coisa? E realmente vai ser fácil assim punir os captores e os guardas citados pela guaxinin? Não existe todo um comércio e nem nobres que apoiam isto, né? Não existe toda uma cultura, todo um histórico por cima dessa escravidão.
Mas voltando ao que interessa, este arco claramente vai focar na problemática com a religião, porque acredito que toda esta hostilidade ao herói do escudo e aos demi-humanos em geral estão sendo alimentadas pela igreja, além do possível histórico de conflitos que eles devem ter, e dentro disso vão voltar um pouco ao passado de Raphtalia, o que creio que será mais explanado episódio que vem, afinal, não tem como ficar naquele flashs curtos se querem emocionar e sensibilizar o publico.
Nota do Autor: 3.5/5
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