We Never Learn #02 – Impressões Semanais | Presente de Grego
Vocês sabem a origem do termo popular “presente de grego”? Certamente, já devem ter ouvido em algum lugar, porém, qual o real significado disso? Basicamente, resume o recebimento de algum presente (ou dádiva) que traz prejuízo ao receptor (Certo, Nariyuki-kun?!).
Mas, antes de falar sobre a “dádiva” que o protagonista ganhou, é necessário abordamos ela – a senhorita comédia – Uruka Takemoto. Uma personagem que mantém o nível de comicidade da obra em patamares sempre altos.
Confesso que, quando a Uruka apareceu (no mangá, eu digo); fiquei totalmente adverso a ela. Afinal, eu já tinha simpatizado muito com a Ogata e a Fumino. De toda forma, senti que a presença dela não funcionaria – e eu estava muito errado!
E fico muito feliz de ter sido errôneo em minha análise sobre a Uruka. Precisei de apenas cinco capítulos para simpatizar com a personagem de vez. E creio que o anime trouxe essa simpatia ainda mais espontaneamente. Afinal, em apenas um episódio, já somos apresentados a toda a essência dessa excêntrica mocinha.
Vi algumas pessoas comentando que ela parece bastante em personalidade com a Yotsuba Nakano de Gotoubun. Parando para analisar, realmente, as semelhanças são altas. A única diferença, eu diria, é que a Yotsuba não é tão clara quanto aos sentimentos para com o Uesugi.
Entretanto, a Uruka, desde o início, já nos deixa claro – ela gosta do Nariyuki! Para a surpresa de todos, ela não se apaixonou por ele por conta de uma borracha (hahaha). Sério, quantos animes isso já ocorreu, né? Just Because é minha memória mais recente de paixonites por borrachas emprestadas, mas enfim, a Uruka, aparentemente, gosta do lado prestativo do Yuiga.
Prosseguindo aqui, agora, a ressalva é técnica. O timing cômico do diretor segue ótimo. E as cenas da Uruka na piscina estavam muito bem feitas; com movimentos muito naturais. Inclusive, a cena da bastante ênfase ao que o Nariyuki diz, afinal, ele faz uma alusão ao passado, dizendo que a Uruka está ainda mais rápida. Justo nesse instante, a velocidade dela nadando aumenta.
Não é nenhum Free da vida, mas fiquei até surpreso. E eu só quero que eu continue sendo surpreendido a cada episódio que passa – no que diz respeito a produção.
A composição de série continua boa. Lembrando que, o primeiro episódio adaptou os capítulos 1 e 2 do mangá. Já esse segundo episódio, trouxe à tona os capítulos 4, 6 e 7. Para quem simpatizou com a Fumino, recomendo a leitura dos capítulos 3 e 5; que aproximam bastante ela do “prota”.
Desses, eu destaco o capítulo 6. Sim, a esquete do “apagão”. Aqui, vimos mais uma vez a humilde casa da Grande Família Yuiga. Apresentada timidamente no episódio passado. Quem é mais perceptivo pode ter pensado… beleza, como a Ogata achou a casa dele e já foi com tanta naturalidade?
Tudo bem que ela trabalha fazendo entregas para o Ifood e deve conhecer a cidade como a “palma da mão”. Porém, é aí que entra o esquecido capítulo 3. Eu recomendei a leitura do mesmo, pois nele ocorre uma visita a casa do protagonista. Furuhashi e Ogata visitam ele e, inclusive, conhecem toda a Grande Família. E é esse fato que explica a Rizurin estar na casa do Nariyuki com tanta naturalidade.
Melhor ainda foi ela subornando ele com Udon (KKKKKKKK). Olha, quem shippa o Nariyuki com a Ogata pode ter ficado com um certo ranço desse acontecimento, afinal, tinha tudo para ser um momento a sós dos dois. Todavia, porém, contudo, entretanto…
A Uruka “brota” do nada depois de saber que ela está sozinha com ele em casa. Eu gosto bastante dessas “pegadas” cartunescas que Bokuben traz. Esse estilo no sense, muito presente em desenhos americanos, é o que fornece ainda mais graça para certos acontecimentos.
Sem falar que o apagão, ainda assim, aproxima o protagonista da Ogata. Principalmente, com ela, finalmente, conseguindo entregar sua redação.
Certo, a última parte traz o Nariyuki tendo que inovar para que a Uruka aprenda inglês. Afinal, dificuldade é eufemismo para o que ele sente na hora de estudar. E, de longe, destaco; a ideia dele foi muito inteligente. Uma vez que, juntar os estudos com algo prazeroso de fazer, é ótimo. No caso da Uruka, foi pegar as palavras no fundo da piscina.
Agora, recapitulando minha introdução lá no primeiro parágrafo. A atitude do protagonista levou ele a ganhar um presente da Uruka (que fofa, não?). Entretanto, lembremos do termo “presente de grego”, mais uma vez. Essa história tem gerado bastante memes recentemente.
Na Guerra de Troia, um cavalo de madeira foi deixado perto dos muros da cidade. Supostamente, como um presente. Porém, o cavalo estava “recheado” de soldados gregos; estilo Kinder Ovo surpresa, sabe? E, enfim… com alguns troianos bêbados e outros dormindo, a guarda estava extremamente baixa. Resultado? Cidade destruída.
E o que foi destruído no caso do Nariyuki? Bom, digamos que sua sanidade mental (hehe) depois de receber o maiô da Uruka no lugar do estojo que ela comprou para ele. E agora, hein, mocinha? Onde esconder o rosto?!
Em linhas gerais, um ótimo episódio. Bom timing cômico, cenas bem trabalhadas e uma personagem ótima apresentada. Bokuben dispõe de todos os “ingredientes” necessários para crescer cada vez mais.
Nota do Redator para o episódio: 4/5
Extras: