Carole & Tuesday #06 – Impressões Semanais
Com esse episódio, 1/4 do anime se completa, e pela primeira vez, disponho de críticas para com os acontecimentos. Embora grande parte do enredo de Carol e Tues, recentemente, vem se preocupando em ser divertido, há algumas coisas passando rápido demais e/ou se resolvendo de uma forma muito superficial.
Em outras palavras, por mais que o episódio 5 tenha sido muito agradável, sinto que esse sexto episódio deixou a desejar na resolução do conflito. A ideia delas irem para o Cydonia Festival soa bem bacana, afinal, é uma coisa que o Gus tentou no último episódio, porém, isso rolar de um episódio para o outro não foi muito apreciativo.
Na minha concepção, no mínimo, mais alguns episódios seriam necessários para deixar as coisas mais interessantes, tipo, acho mais prudente o roteiro se concentrar em crescer as meninas primeiro, em pequenos passos, do que forçar um crescimento expondo-as para mais de 100 mil pessoas.
Em linhas gerais, dá para entender que a mensagem que o episódio quis passar foi de despreparo das mesmas, e isso foi legal. Carol e Tuesday sentiram o golpe (literalmente, pois foram apedrejadas pela plateia) se essa tivesse sido a resolução do episódio, certamente, eu diria que a mensagem foi passada nitidamente.
Porém, o que vejo aqui é um atropelo de premissa, afinal, basta um papo com a Crystal e elas ignoraram o fato de que tinham passado por um tremendo problema. Embora seja legal esse papo com a super-estrela que elas tanto amam, ele deveria ter ocorrido um pouco mais tardiamente, certo? Simplesmente, as meninas absorvem muito pouco o problema, que querendo ou não, é um indicativo de que elas precisam crescer, sinceramente, espero que não seja algo recorrente, afinal, se todo episódio “acabar em pizza”, não há desenvolvimento de personagens.
Os pontos encantadores foram o show da própria Crystal, e também o do Skip, o cara do baixo, devo dizer que é meio impactante sairmos da imponente voz do seiyuu Hiroki Yasumoto para uma voz cantando em inglês suavemente, porém, ainda assim, achei o show dele um dos pontos altos.
A propósito, a interação do Skip com as meninas foi interessante, meio que uma mensagem foi passada nas entrelinhas, acho que ele será alguém fundamental mais para frente. Além disso, o episódio também mostrou o quão a indústria fonográfica é problemática, melhor dizendo, o quão possui gente problemática, o próprio Joshua é um exemplo disso, felizmente, ele conseguiu salvar as meninas do vexame.
E esse conceito de gente problemática não se restringe somente aos artistas, pois a plateia hostil também exemplifica bem isso, eu acho um desrespeito quando isso ocorre. Um exemplo da vida real que eu presenciei, foi no Rock in Rio 2013, onde o Ghost tocou antes do Metallica, e o público começou a vaiar e a pedir pela banda do James, olha, no mínimo, ridículo.
Sobre a parte técnica em si, tivemos bastantes reaproveitamentos de quadros (layouts e expressões), principalmente, durante as reações dos shows, isso não conta como um ponto negativo em si, mas para um anime tão elogiado por suas características estéticas, é meio decepcionante. Apesar disso, Shōhei Miyake dirigiu bem o episódio, conseguindo passar o clima de um festival, o que acaba levando a uma imersão maior.
Acredito que Carole & Tuesday tenha muito para mostrar ainda, e também surpreender, foi um episódio mediano, mas que passou boas mensagens, entretanto, na minha concepção, ele ainda foi abaixo dos anteriores, porém, não deixei de gostar menos da obra por isso.
Nota do Autor para o episódio: 3.3/5