Araburu Kisetsu Otome domo yo #10 – Impressões Semanais

Eis que depois daquela sutil apalpada do menino Izumi na semana passada, Araburu trás um episódio mais focado em preparar o terreno para essa nova etapa que o anime vai entrar, desenvolvendo alguns pontos, e colocando tensão sobre outro.

O potencial de vacilo é mais de 8000!

Começando pela Momoko, eu tinha elogiado a forma como ela vinha encaixando na história, mas, dessa vez, sou obrigado a ir um pouco na linha oposta.

Não vou entrar em questões politicamente corretas, mas achei interessante a forma com ela reagiu exageradamente ao toque do garoto. Ele já vinha deixando ela desconfortável há um tempo, além de ter falado merda antes, então é legal ver ela tomando uma atitude agressiva quando teve seu espaço invadido.

Levando em consideração a temática do anime, é interessante ter esse tipo de abordagem, já que implica em certos limites que tem que existir dentro dessa questão de relacionamento.

Talvez um pouco exagerado,mas compreensível.

Em contra partida, é hora de ser chato e dizer que algumas outras coisas já não me agradaram muito. Diria que não foi nem por conta do roteiro, mas sim pela direção não saber acertar muito bem o que queria transmitir.

A Momoko estava na sua descoberta sexual, e ao invés de criar algo que passasse o sentimento de confusão, ou até angustia, o que eu senti foi insanidade por parte da personagem.

Se o anime conseguir usar essa loucura em um desenvolvimento futuro eu corrijo meu ponto de vista, mas em relação a esse décimo episódio eu achei bem desnecessário a forma como foi feita.

Se o objetivo era trazer essa representatividade para a obra, fazer a personagem se comportar como se tivesse perdido o juízo não é lá a melhor opção, além de criar a sensação de que ela realmente desenvolveu um problema.

Não sei se vai ficar claro apenas pelo que falei, mas a questão não é bem o comportamento da Momoko (é natural ficar emocional instável e confusa ali), mas sim o fato da direção ter me transmitido mais a sensação de algo negativo (Os olhares vazios dela, por exemplo), ao invés de focar no emocional da personagem em si.

A confissão até que ficou boa.

Seguindo, a Hongou teve um pouco mais de destaque nesse episódio, já que estava meio que na hora de ter algum desfecho em cima dessa relação dela com o professor.

Confesso que ri muito dela surtando com o Milo a levando para um motel barato para ter a primeira vez, e que também deu para simpatizar um pouco mais com ela depois daquele desabafo.

Particularmente, esse desabafo em si me soou um pouco repentino, já que o anime tinha reforçado mais a insegurança dela  como escritora, do que com garota/mulher, mas, pior do que um desenvolvimento repentino, é não ter desenvolvimento , então esse desabafo da Hongou acaba servindo para dar um pouco mais de contexto para os dilemas que ela vem passando.

As cenas entre os dois junto não teve nada demais, já que, como deu para ver, o Milo não tem interesse nela, então acaba sendo algo de boa de levar.

Vamos ver como as coisas ficam entre os dois depois disso.

Agora indo para a situação do Izumi com a Sugawara, as coisas terminaram meio naquele chove e não molha. A sugestão dela dos dois praticarem para deixar o Izumi experiente parece coisa de hentai, e espero que o roteiro não vá por aí.

As ações do Izumi estão meio que dentro do que eu esperava. Como falei na semana passada, ele aceitou o namoro mais por ter uma história com a Kazusa, e saber dos sentimentos dela, do que por realmente sentir algo, então vai ficar bem mais suscetível as investidas da Sugawara.

Isso, claro, não justifica o comportamento dele, e ainda continua fazendo com que a forma com que ele tratou a Kazusa no final o deixe em uma posição de babaca, ou futuro candidato ao cargo, caso continue assim.

Além disso, a confissão da Momoko entra aqui como um fator interessante, já que, além de dar um desfecho para a situação dela com o que sentia, também mostra como o emocional da Sugawara está todo bagunçado.

De um jeito meio torto, acabou que a Momoko conseguiu atingir a Sugawara com a confissão. Se vai ser vir para ela sentir interesse, só vendo para confirmar, mas seria interessante.

Tô só observando essa treta.

Por fim, a Sonezaki, além de ter alguns momentos engraçados como sempre, parece que vai entrar em um alguma espécie de dilema com a noticia de que a Gal (Jujo).

Não sei se ela vai voltar a ficar um pouco paranoica com essa questão de romance, e os perigos que ele pode ter, já que ela está se enquadrando bem no quesito “cabeça de vento” quando o assunto é o seu namoro.

Mas, outra possibilidade interessante, seria a dela ir apoiar a garota, e tentar ajudá-la de alguma forma nesse processo que a gravidez vai ter na sua vida, já que a Jujo foi bem legal com a Sonezaki, e seria uma forma mais interessante de desenvolver essa questão.

De qualquer forma, foi um episódio interessante de Araburu, com alguns desfechos que já estava na hora, como o caso da Hongou, e outros que te deixam curioso para saber o que vai vir a seguir, como é o caso da gravida e da relação do Izumi com a Kazusa.

Vamos ver como ficam as coisas, e se vou precisar tirar minhas tochas do armário para queimar um certo moleque mais para frente.

Extra

Se eu não tivesse indiferente a relação dela como o Milo, até sentiria pena nessa cena.

Eu fiquei do mesmo jeito nessa hora.

Já sinto que vou xingar alguém no futuro =D

Street Fighter pode te ajudar e entender sua sexualidade. Fica a dica.

Brincadeiras a parte, eu espero que o uso dessa cena não tenha sido apenas para ligar o “game over” ao “Eu sou…”, porque se foi…

Lua de sangue…

Durante todo o episódio a direção fez questão de deixar claro a existência da lua de sangue na história, fazendo vários cortes onde ela era o desfecho do eventos.

Eu dei uma pesquisa, mas não achei nada relevante. Na maioria dos casos ela é ligada a um mal pressagio, sendo que em outros, mesmo que não tão apocalípticos, ainda se referem a um período de conflito (sol x lua), ou seja, foi uma forma visual de expressar o que a Kazusa narrou, sobre os problemas que o grupo iria passar.

Considerando que a lua tem um significado quase literal de amor na cultura japonesa, essa lua de sangue representa toda a desgraça que está por vir na vida das garotas.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.