Fruits Basket – Um anime para completar seu dia | Impressões Finais

Fruits Basket começou de uma forma bem sutil, apresentando alguns dramas simples, e assim foi indo até que, pouco a pouco, se tornou uma obra que eu me via dependente de assistir.

Lá para o sexto, ou sétimo episódio, as coisas começaram a emplacar de uma forma que me fazia ficar admirado a cada semana, criando aquele sentimento de satisfação em ter acompanhando a história, de uma forma que já fazia um certo tempo que eu sentia.

O que mais me impressiona, no entanto, é que isso não foi algo passageiro, digno apenas de um episódio ou outro, mas sim de todos esses outros vinte episódios que se seguiram.

Existe aquela variação de qualidade em impacto, claro, mas no geral os episódios conseguiram me emocionar de alguma forma, basicamente, o tempo todo durante essa primeira temporada (25 episódios ao todo).

O desenvolvimento dos personagens dentro da obra é muito bom, onde o elenco trás, não somente bons backgrounds, como também aprendizagem e reflexões sobre suas vidas de forma que até mesmo os mais simples te presenteiam com algo.

São temas como bullying, superação, desprezo familiar, entre várias outras coisas, que criam história realmente tocantes de se acompanhar.

O melhor em tudo é que isso não é feito apenas para discutir/expor certos problemas, mas também como uma forma de trabalhar as relações dentro do enredo.

É através desses desenvolvimentos de personagem que você consegue entender o porquê de personagem X pensar aquilo de Y, ou do porquê de alguém ter tanta consideração pelo outro.

O roteiro e a direção conseguem ter uma boa harmonia para entregar essas histórias, onde até mesmo os personagens secundários conseguem ter seus momento de brilho e apresentar bem seus passados.

Outra coisa que me fez gostar bastante da história do anime é a forma com que ele traça um senso de realidade bem pesado, digamos assim.

As coisas não são tão reversíveis com a ficção coloca às vezes. As decisões que tomamos tem um efeito, e isso não é tão simples de se consertar, dependendo do que acontecer.

Algumas das histórias lá carregam bastante desse peso, onde os personagens se veem em situações em que tudo o que podem fazer é aceitar a condição que estão.

Isso acaba criando aquele sentimento de injustiça, mas de uma forma positiva na obra, que, ao invés de te fazer ficar bravo com o que está acontecendo, faz com que você se comova pelos personagens e acaba criando empatia por eles.

Um bom exemplo disso é o Hatori, que em alguns momento me fez muito querer ver uma solução mágica para acertar a vida dele, mas as coisas não funcionam assim, e ele tem apenas que aceitar as consequenciais por ter apagado a memória da mulher que ama.

Aproveitando para falar de romance, mesmo que esse seja um dos gêneros do anime, as coisas não se desenvolvem muito para esse lado.

O foco fica mais nos desenvolvimento pessoal de cada personagem, então o tempo para o romance acaba sendo apenas algumas cenas e shipps, ou coisas do tipo, pelo menos quando estamos falando do trio principal.

Já os secundários… Até tem alguma coisa ou outra, como é o caso do Hatori ali de cima, que por mais seja um história triste de romance, ainda tem o dito romance, além de algumas outras indiretas sobre os sentimentos que os personagens carregam.

Eu particularmente prefiro assim, com o desenvolvimento pessoal de cada um vindo na frente, antes de começar a entrar no romance propriamente dito, mas fica o alerta para quem espera uma obra de romance, já que até então o foco foi maior nos personagens.

Concluindo, Fruits Basket foi uma obra que peguei para ver mais pelos comentários positivos em cima do mangá. O início do anime pode até ser um pouco lento, mas logo ele emplaca com boas histórias de personagens, que certamente tem muito a oferecer.

Para quem gosta de obras com o foco maior nos personagens, vale muito a pena assistir, para quem não é tão fã assim, ainda vale a pena a tentativa, já que os elogios ao mangá não são sem fundamento.

O anime terminou nessa temporada, mas a continuação já foi confirmada para 2020.

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