Hoshiai no Sora #03 – Impressões Semanais
Que episódio movimentado foi esse de Hoshiai no Sora! Mas antes de falarmos dele, gostaria de comunicar uma errata sobre a minha análise anterior.
Em primeira instância, julguei que realmente tinha rotoscopia aplicada na coreografia do Ebata, porém, depois do alerta do leitor Bruno e de algumas conversas com uns amigos e um pessoal de comunidades americanas especializadas em animação; além de rever a ending diversas vezes, deu para sacar que não houve uso de rotoscopia ali – o Ebata que é bom mesmo.
Eu corrigi a informação no texto anterior, mas como algumas pessoas devem ter lido antes, possivelmente não viram a correção, então, peço desculpas pelo equívoco por meio desta errata.
Ainda houve uma polêmica essa semana de dançarinos acusando o Ebata de plágio. Minha opinião? Não acho que tenha tido a intenção dele de prejudicar ninguém, mas eu não sei como funcionam as leis no Japão quanto a isso e só espero que resolvam a situação da melhor maneira possível.
Agora sim, o episódio, que aproveitou com gosto os seus 24 minutos! Hoshiai promete ser bem mais focado nos dramas pessoais dos jogadores do que no soft tênis em si – é perceptível. O caso da família Ameno foi absurdo ao ponto de me gerar certo incômodo quando eu vi, sério, que mãe perturbada, jogar água fervente em uma criança? Chego a me sentir mal só de lembrar.
O que me entristece mais é saber que existe gente solta por aí capaz de fazer igual ou pior, mas voltando a situação fictícia, foi meio de uma hora para outra o caso do Itsuki, acho que pegou todos de surpresa, pois até a metade do episódio, quem dava para julgar como protagonista ali? Maki, Kanako, Touma e o Yuta.
Por mais que tenha sido do nada, foi fundamental para aproximar o Maki do Itsuki e, consequentemente, da equipe também.
O Maki já não tinha sido bem aceito pelos preguiçosos desde o início, mas depois de dar uma surra (ao lado de Touma) em todos através das partidas de treino, eles o aceitaram menos ainda.
É importante percebemos um ponto: não acho que o Maki seja um “deus ex machina” bom para caramba, longe disso, é basicamente o que ele falou e que foi reforçado pelo Touma – os outros que são ruins demais.
Isso levou a um conflito existencial do capitão Touma, afinal, o que eles fizeram todo esse tempo? Graças a esses eventos, conseguimos ter um vislumbre maior do próprio Touma também – que ficou muito “puto” e saiu temporariamente da equipe.
A princípio, eu achei que aquelas expressões de raiva dele quando o Maki marcava representavam inveja, algo do tipo – “como esse cara pode ser melhor do que eu?”. Mas depois da explosão de raiva dele, vimos que era devido aos preguiçosos mesmo (ainda bem).
Na casa do Touma, houve a primeira interação entre a senhora Shinjo e seu filho, e não deu para ler muita coisa. Originalmente, ela parecia ter medo do rapaz, mas ficou claro que na verdade é desprezo.
Ainda é cedo para tentar deduzir alguma coisa, mas esse arco da vida do Touma é realmente problemático e intrigante, e depois do caso Itsuki, tenho até “medo” do que pode vir.
Já que eu abordei a dupla Maki e Touma, gostaria de ressaltar a boa dinâmica da direção nos jogos, mostrando mais uma vez que os traços simples são essenciais para termos uma boa movimentação, e quando falamos do Akane na direção, que sempre tende a pegar as coisas com paixão, tudo é ainda melhor.
Há algum tempo, saíram algumas informações de que imagens reais de jogadores estavam sendo utilizadas como base para a movimentação, porém, ainda é possível notar que os movimentos não são 100% realísticos – o projeto não tem recurso o suficiente para recriar tudo de forma realística, como foi o caso com Hanebado, por exemplo, que tinha o apoio da Toho (empresa gigante no Japão) cuidando especificamente desse fator (fora a produção do LIDENFILMS).
Mas como eu disse, o Akane é uma pessoa que faz as coisas com paixão, e o grande foco dele é passar a tensão das partidas com bons ângulos de câmera e, principalmente, retratar os problemas “extra-quadra”, como eu já mencionei lá no início.
Além disso, é como eu li num artigo do Sakuga Blog, uso de CGI durante as partidas não é algo para se preocupar, já que o Akane é raiz e gosta das coisas em 2D.
Saindo da parte técnica, gostaria de abordar o caso Yuta Asuka – o manager. Acabei não comentando na análise passada, mas é como a galera disse, foi bem legal ver o Maki falando que ele podia gostar de quem ele quisesse, tomara que venha uma boa situação disso.
Em linhas gerais, foi um episódio muito surpreendente de Hoshiai no Sora, com boas questões e novos dramas interessantes. Agora, fico mais interessado ainda para ver como o Maki vai solucionar o problema das duplas.
Extras: