Hoshiai no Sora #09 e #10 — É muito pai ruim por metro quadrado! | Impressões Semanais
Durantes essas dez semanas de exibição, Stars Align mostrou que não existe nenhuma família feliz no enredo, e os episódios mais recentes vieram para sacramentar isso.
Começando nossa discussão pelo episódio 9; no qual tivemos o foco na dupla que realmente faltava, Shingo e Tsubasa — mais conhecidos como os “criativos” que batizaram seus saques em quadra no jogo-treino.
Inúmeras coisas me irritaram nesse episódio, e é mais uma prova de que o Akane sabe provocar o telespectador da maneira certa. A família do Shingo se mostrou normal, apesar da mãe dele ser meio contrária a ideia dele jogar, mas a do Tsubasa — em especial seu “pai” — é de f*der.
Os irmãos dele são legais, o clima estava bom durante a conversa, e eu até achei que finalmente teríamos algo mais tranquilo, mas não, o “monstro” chegou e colocou o terror no filho. É repugnante! Não sei nem descrever em palavras o quanto fiquei com raiva daquele ser escrúpulo depois daquela cena.
Primeiro dá um tapa no rosto do filho — tão forte a ponto de o derrubar da escada. Para piorar, no momento em que Tsubasa percebeu que iria cair e estendeu suas mãos para ser segurado, o velho simplesmente o olhou com desprezo e deixou o filho cair… essa foi de dar nos nervos.
Tudo bem, o Tsubasa estava errado em chamar seu pai de babaca, mas não isso não justifica o velho ter deixado o guri cair.
Para a sorte do Tsubasa, o Shingo realmente é um amigo que ele pode contar, ele foi rapidamente socorrido, mas teve seu braço imobilizado depois de uma lesão feia.
Está aí mais um motivo para eu odiar esse “pai” (pai é o c*ralho), pois graças a esse miserável, a dupla mais divertida ficou de fora do torneio que teve seu início no episódio 10. Parabéns cara que eu nem sei o nome, ganhou o prêmio de FDP do ano; junto com a Myne Bitch de Tate no Yuusha e o pai do Maki.
Voltando ao Shingo, no início do episódio ele levou sua irmãzinha para o treino, e aconteceu uma coisa muito bizarra.
Os problemas do Nao foram introduzidos no episódio 8, e é bem entendível que ele sofre de muita pressão psicológica devido a outro progenitor miserável, entretanto, por maior que os problemas dele sejam, não justifica a atitude do garoto com a irmã do Shingo.
Recapitulando, a menina saiu para explorar a escola, se perdeu e deixou todos preocupados. Ela estava dormindo na enfermaria, e o Nao a encontrou primeiro, mas simplesmente a trancou lá e omitiu o detalhe — junto com a chave.
Fiquei meio aborrecido com o Nao, mas deu para entender que a mãe dele o perturba tanto que o leva a tomar decisões precipitadas como essa.
Ainda sobre o Nao, o que me preocupa é que ele não tem ninguém da família próximo para o apoiar, como todos os outros têm. Por exemplo, o Maki tem sua mãe, o Yuta tem as irmãs, o Tsubasa tem os seus irmãos, assim como o Touma que também tem seu irmão, enquanto o Nao aparentar não ter ninguém em casa além de sua mãe perturbada.
Nem mesmo no clube ele recebe grande apoio, se formos parar e analisar. Mas enfim, continuando, vamos para o episódio 10, que trouxe muita coisa.
Quase toda análise eu vinha comentando que somente 12 episódios deixariam muitas coisas em aberto, e faltando apenas dois agora, isso é uma certeza. Tivemos retorno do “caso Touma”, do “caso Mitsue”, do “caso Rintarou”, momentos família do Maki com a mãe, os pais “grudentos” do Taiyou; além do início do torneio.
Muitos detalhes para um episódio só — sem falar do “reaparecimento das cinzas” do conselho estudantil e de sua presidente, que pelo menos dessa vez não lançou frases padrão vilão seinen.
De qualquer modo, vamos por pontos: começando pelo Touma. Meio que dá para concluir que além de ser um pouco agressivo, ele é bem possessivo também — principalmente quando falamos do Maki.
Eu realmente não consigo entender os momentos tsundere do Touma quanto ao Maki. Ele já comprou briga com o pai ladrão, paga o rapaz para participar do clube; mas fica incomodado quando seu irmão fala a respeito dele (?).
Aquela cena é bem ambígua, pois pode representar tanto que o Touma não quer que seu irmão se aproxime do Maki (por ciumes?) quanto que ele esteja em um complexo de inferioridade por causa Katsuragi, eu ainda não consegui discernir.
Sem falar que ele quase “devorou” o Arashi com os olhos quando o rapaz encontrou a dupla na rua — antes de avistarem os gêmeos.
Além disso, seus problemas em casa se agravaram depois de uma célebre frase de sua “mãe”. Tem horas que eu me sinto vendo KND: a turma do bairro, pois tinha aquele confronto das crianças contra os adultos.
Eu tenho a impressão de que quase todos os adultos no anime são vilões tentando levar as crianças para o inferno, mas enfim, deixando a analogia de lado, o Touma continua uma incógnita.
A Mitsue não ficou de fora e teve seus dois minutinhos de cena nos quais vimos uns idiotas xingando ela no Twitter. É impressionante o tanto de gente escrota que tem por m² nesse anime.
Mas pelo menos a cena foi representativa, deu a entender que ela está levando os conselhos do professor em conta para postar sem se importar.
Sobre o Rintarou, sua “mãe biológica” apareceu querendo o conhecer (????) — agora, c*ralho? 50 anos depois a mulher aparece e quer ver o guri? Mas né, não sabemos os motivos que a fizeram dar ele para adoção, então não vou criticar (ainda), espero que seja algo representativo para que ele finalmente entenda que quem o ama de verdade são as pessoas que o criaram.
Para finalizar, sobre o torneio, todo mundo perder foi uma puta sacanagem. Pelo menos um podia ter ganho, deixar as coisas para a dupla Maki-Touma resolver sempre é chato, eles não são os únicos que treinam.
Rintarou e Itsuki mereciam ter vencido. Nao e Taiyou jogaram muito bem, e também não seria nenhum absurdo se eles tivessem ganhado. A impressão que tenho é que o anime vai acabar e os únicos a vencer uma partida oficial serão Maki e Touma, que eu acredito que devam sair vitoriosos a seguir.
Bem, episódios bons, mas com tanta coisa aberta, resta a dúvida de como serão essas duas últimas semanas de anime. Espero que o Akane consiga amarrar isso tudo agora; apesar de ser uma missão difícil, ainda acredito na capacidade do diretor.